A pandemia impulsionou o hábito de fazer compras online e ampliou a preferência por relações humanizadas entre marcas e consumidores, dando início a uma nova era para as mascotes de marcas. Mais do que garotos-propaganda, elas agora são influenciadores digitais.
Mascotes são uma estratégia antiga
As mascotes foram um boom do marketing entre 1950 e 1980. A partir dos anos 2000 elas retornaram com novas possibilidades de interação oferecidas pelo ambiente virtual. O Pinguim do Ponto Frio – agora chamado de PINcrível – foi um dos primeiros a explorar as redes sociais de forma diferente em 2012, usando o Twitter para posts de humor que chamaram a atenção dos usuários pelo posicionamento humanizado.

Qual a vantagem das mascotes influenciadoras para marcas?
As mascotes são uma forma de atribuir sentimentos humanos as marcas, promovendo conversas descontraídas e frequentes com os usuários. Dessa forma, empresas abandonam a imagem corporativa e tornam-se mais acessíveis à diálogos.

A Lu da Magalu é um ótimo exemplo dos benefícios dessa forma de interação com os consumidores. Criada em 2003 para ser a voz do atendimento e-commerce da Magazine Luiza, atualmente ela é uma influenciadora com mais de 6 milhões de seguidores, que gera uma receita aproximada de US$ 16,4 milhões.

As marcas estão de olho
O Tik Tok ressignificou o valor dos conteúdos caseiros – atualmente são os mais assistidos, em comparação com posts institucionais – de modo que o mercado de personagens influenciadoras se tornou uma forma eficiente de engajar o público. Muitas outras marcas estão investindo nas mascotes virtuais voltadas para diferentes redes sociais.

Enquanto algumas empresas reformularam suas mascotes: a Arcor refez a Tortuguita, criada em 1995, a Sadia decidiu animar o Lek Trek, criado em 1971, a Kabum teve seu Ninja modernizado, e as Casas Bahia deu um rostinho novo para o Baianinho (agora chamado de CB), que existe desde 1960. Outras marcas criaram seus personagens pela primeira vez, como a Nat da Natura, feita em 2018, a Sam da Samsung, feita em 2020, ou a recente Dai da Dailus, criada em 2021.

Possibilidades das mascotes
Mais do que vender, as personagens produzem conteúdo interessante para seus seguidores. A Nat da Natura dá dicas de beleza em seus vídeos no Tik Tok, que registram mais de 1 milhão de visualizações. O Lek Trek da Sadia se tornou um tiktoker 3D, que lançou a tag #passinhodolek para seus vídeos de dança.

A humanização permite uma ponte entre as diferentes marcas. No final de 2020, CB, Nat, PINcrível e Mara (da Amaro) se reuniram na ação O Amigo Secreto Mais Legal do Twitter, onde cada mascote escolheu um presente da sua loja que melhor representava seu amigo. As possibilidades de interação e engajamento com o público são imensas.

Eu também preciso de criar uma mascote para ter sucesso no meio digital?
Criar uma mascote virtual exige uma estrutura maior das marcas. Segundo Pedro Alvim, gerente sênior de marca e redes sociais da Magazine Luiza, administrar as ações da Lu demanda uma equipe inteira e traz o mesmo desafio que administrar a carreira de uma celebridade humana. Porém, o sucesso desse formato não está diretamente ligado a personificação das empresas, mas a construção de conteúdo relevante, que transmite o tom de voz humanizado da marca para seu público.

Mesmo sem ter mascotes, a Netflix, Disney e outras plataformas de streaming conseguem estabelecer proximidade com o seu público por meio de um posicionamento descontraído, gerando identificação e divertindo os usuários.
O importante mesmo é ter bem estabelecida a missão, visão e valores da sua marca, para que sua forma de conversar nas redes seja condizente com suas intenções, produzindo conteúdo coerente e passando consistência e credibilidade.
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